A transição – Dia e Noite
Sempre existiu no Universo uma diferença entre “Dia” e “Noite” não apenas vista como um fenômeno da natureza, mas também, simbolicamente. Dessa forma, então, “Dia” significa o concreto, o dinamismo, o momento das realizações, da clareza, da alegria, do trabalho; de outra parte, a ideia de “Noite” está ligada à introspecção, ao silêncio, à calma, à hora da meditação, ao descanso, à escuridão.
Assim, durante espaços longos ou curtos, de um, dez, cem, mil ou dez mil anos, sempre houve, intercalados, “Dias” e “Noites”, ou seja, períodos de maior clareza, maior discernimento e épocas mais escuras em que os homens não conseguiam enxergar distintamente a verdade.
Desta vez, o mundo ficou na Era da Noite durante três mil anos. Agora já está começando a clarear. Entretanto, não significa que durante esses milênios não tivesse havido alguns períodos mais claros e outros mais escuros. Por exemplo, se compararmos a Idade Média com o Renascimento, notaremos uma diferença marcante na maneira como o homem pensava e agia nessas duas épocas distintas.
Realmente, o Cosmos tem mistérios infinitos para os quais não existe muita possibilidade de esclarecimento através de palavras. E, além disso, continua numa constante evolução, processando mudanças ora maiores, ora médias, ora menores.
Meishu Sama – Evangelho do Céu – vol. III, p. 119 – Lux Oriens Editora