Celebração do Reino do Céu na Terra – 06/2006

A data de 15 de junho de 1931 marca o início, no plano espiritual, da transição da Era da Noite para o Dia.

Relembra também a subida de Meishu Sama, por determinação de Deus, ao Monte Nokoguiri no Japão. Nesse dia, o Mestre, acompanhado de aproximadamente trinta discípulos, aguardou ali o nascer do Sol.

Fatos misteriosos aconteceram, muitos dos quais só revelados anos mais tarde. A partir de então, a data de 15 de junho assumiu um significado importantíssimo dentro da missão de Meishu Sama.

Significado das Oferendas

Através das oferendas, simbolizadas por alimentos, dados a nós pela Grande Natureza, provenientes da montanha, do campo, do rio e do mar, expressamos afetuosamente o nosso mais sincero sentimento de gratidão a Deus.

Esta cerimônia evidencia também a real importância do valor da vida e da Luz de Deus, a autêntica essência da energia espiritual, que nos sutenta, protege e eleva.

Fotos

Salmo

Koomyoo Sekai

Ookami no
tsukuri tamaishi ame tsuchi no
yami ni itsu made tozasaru beshiya wa.

 
Morobito no
kokoro no iwato hirakureba
kono yo no yami wa kiyuru naruran.

 
Ubatama no
yoru no owari to nari ni keri
haya hingashi ni akatoki no kane.

 

 

tsuchi – lê-se / tsutchi /
tozasaru – lê-se / tozassaru /

 

 

 

Mundo da Luz Divina

Até quando
Céus e Terra, maravilhas do Supremo Deus,
deverão permanecer cobertos pelas trevas?

 
Depois que os homens
abrirem a porta de pedra do coração,
todas as trevas do mundo irão desaparecer.

 
Realmente
o fim da escura noite se aproxima.
Já soa, ao Leste, o sino do amanhecer.

Ensinamento

Palestra de Meishu Sama

O Espírito Atuante: aparências e contradições
(proferida em 06/10/1953)

 

Oficiante: Não é fácil conhecer a relação entre espí­rito e corpo. Se julgarmos pelas aparências, com certeza, incorreremos em erros. Estar movimen­tando o corpo material não significa, obrigatoria­mente, que o espírito es­teja atuante, isto é, em ati­vidade de crescimento na direção certa para Deus.

Todos: Utilizando o exemplo de nossa mão, vou tentar uma aproximação simbólica para explicar as formas de ação do espírito atuante. Ela tem sua parte anterior que conhecemos por palma e sua face posterior, o dorso. A palma é dotada de grande sensibilidade e atrai para si a idéia de maior utilidade e praticidade enquanto que o seu dorso não nos sugere a mesma idéia. Este não prima pelo tato nem sensibilidade e sua aparência é de um simples acompanhar os movimentos dita­dos pela palma. O dorso não chama as atenções para a sua importância.

Oficiante: A parte anterior da mão, sua palma, pode ser comparada ao nosso lado material e a face posterior, seu dorso, ao nosso lado espiritual. Como sabemos, a nossa parte espiritual é sempre mais importante porque pre­cede a matéria. Com­parado à mão, o lado espiritual, apesar de ser o prin­cipal, não alardeia a sua utilidade. Vemos sempre a mobilidade, sensibili­dade e segurança do lado material, simbolizado pela palma, e o seu dorso acompanha, fielmente, sem movimento vo­luntário.

Todos: Trazendo esse conceito para o corpo todo do ser humano, as costas representam o espiritual, e passam a idéia de submissão, aparentemente sem mobilidade própria. O lado do espírito, tal qual o dorso da mão e as costas, não demonstra sua utilidade, se mantém oculto mas é o principal. Para reforçar esta idéia lembro, mais uma vez, que a causa das doenças está nas costas, motivo pelo qual ministra-se Johrei por mais tempo, nessa parte do corpo.

Oficiante: Quem faz tarefa braçal movimenta o corpo e, conseqüentemente, exterioriza o montante de seu trabalho que pode ser mensurado e apreciado por todos. Quem o desempenha, sempre, será considerado um tra­balhador, um dedicante se o objetivo da atividade for espiritual. Um tra­balho de outra natureza, escondido, que não exija o mo­vimento corporal, nem exteriorize a sua importân­cia, pode não ser reconhecido como gera­dor de crescimento espiritual. Apenas pelas aparências, não é possível saber-se do mérito espiritual que uma pessoa esteja conquistando. Há ati­vidades fí­sicas que têm força para movimentar o espírito, porém há ou­tras que não conseguem esta harmo­nia, pois o espírito não cresce com elas; o mesmo acontece com as atividades que não exigem movi­mentação do corpo: podem não gerar crescimento espiritual, mantendo o “espírito parado” mas, ao contrário do que aparenta, pode estar gerando um cres­cimento espiritual intenso. É o que poderíamos chamar de “espírito atuante”.

Todos: Há muito tempo venho ensinando que o dirigente de uma difusão ou líder de uma pro­posta que se quer por em prática, não deve movi­mentar-se muito, ou agitar-se fisicamente. Seus movimentos devem, pre­ferencialmente, acontecer em nível interior.

Assim, quando acontece de os membros ex­pressarem o desejo de receber a minha visita e me perguntam por que eu não viajo para outras cida­des, em resposta eu lhes dou o exemplo do centro da roda do carro. Seu eixo parece estar parado mas ele está provocando a ação que faz a roda girar e desempenhar sua função de vencer grandes dis­tâncias.
Oficiante: Quando as pessoas dizem que o dirigente da difusão deve se colo­car à frente das atividades para incentivar os membros e demonstrar a im­portância das mesmas, estão totalmente errados.

Ao dirigente é melhor auxiliar os membros no­vos e deixar espaço para que os outros desempe­nhem as funções materiais. Não é bom ficar procu­rando atividades e ficar ansioso para realizá-las, apenas porque são consideradas dedicações.

Todos: Os resultados são respostas às postu­ras que assumimos. Eu observo pessoas que até se sacrificam para dedicar, e o fazem intensa­mente, mas não conseguem bons resultados. E re­flito: tal pessoa dedica sempre e passa dificuldades apesar desse trabalho e, ao contrário, há pessoas que passam o ano sem envolvimento aparente em algum tipo de dedicação e, contudo, têm abundân­cia relativa. Isto não tem uma lógica observável aos olhos comuns…

Oficiante: Em síntese, a movimentação material em excesso pode estar enco­brindo uma ausência espi­ritual, enquanto que uma aparente quietude, que até poderia ser encarada como falta de dedicação, pode guardar vida espiritual intensa, gerando crescimento interior.

O importante é buscar descobrir, com sabedo­ria, como foi determi­nado a cada um, desde que nasceu: há pessoas que nasceram para traba­lhar com a cabeça, outras com o corpo e ainda outras com a fala. Neste caso, se políticos fazem bons discursos, se religiosos realizam excelentes palestras. Todas estas missões são importantes, contanto que estejam re­pletas de sentimento sincero de gratidão.