Vida após a morte

Para o ser humano, não existe problema mais aflitivo que a morte. Daí o fato de uma explanação sobre essa realidade proporcionar muita satisfação às pessoas em geral.

Espiritualistas europeus já se dedicaram ao estudo da vida após a morte e publicaram várias conclusões a respeito. Eu vou falar também sobre o assunto, mas com base nos resultados que obtive ao pesquisar esse mesmo fenômeno.

Então, a partir das minhas observações, posso afirmar que, ao deixar o corpo físico, o espírito retorna ao Mundo Espiritual, onde reinicia uma nova vida. Normalmente, esse processo ocorre de três maneiras diferentes: os espíritos purificados, isto é, aqueles que acumularam virtudes praticando o bem durante sua vida terrena, saem pela testa. Já, os que têm muitas máculas resultantes de pecados e ações malignas, deixam o corpo físico pela ponta dos pés. E os espíritos considerados médios, ou seja, aqueles cuja evolução ainda não é suficiente para entrarem no céu, mas também não se encontram tão maculados que mereçam o inferno, saem pelo umbigo.

Um exemplo poderá elucidar ainda melhor essa questão. Certa vez, uma enfermeira ocidental com dons de clarividência descreveu da seguinte maneira a sua experiência com um moribundo: “Um dia, ao observar um paciente que estava morrendo, vi uma substância branca, semelhante a uma névoa, sair da sua testa como um fio e espalhar-se lentamente pelo espaço, formando grande massa irregular parecida com uma nuvem que, aos poucos, foi assumindo forma humana. E, alguns minutos mais tarde, transformou-se na perfeita reprodução da figura do paciente quando vivo. Assim ficou ele a observar, durante algum tempo, o próprio cadáver. A seguir, olhou para os seus parentes chorosos e inconformados por ver-lhe o corpo sem vida, como se quisesse mostrar-lhes que estava ali. Mas depois — certamente ao se dar conta de que se encontrava numa dimensão diferente — pareceu desistir da tentativa, pois dirigiu-se para a janela, por onde saiu flutuando”.

Esse relato descreve perfeitamente o que ocorre no momento da morte.

 

Meishu Sama – Evangelho do Céu – vol. I – Iniciação, p. 188 – Lux Oriens Editora